quinta-feira, 20 de junho de 2013

Quem sabe ainda sou a mesma menina abobada de dez anos atrás, com um alharzinho meio fosco, o sorriso meio frouxo viajando pra longe e com aquela minha velha sensação que a vida anda acontecendo sem mim. Não, não. Ninguém é a mesma pessoa pra sempre, (falo de personalidade), e eu não sou a unica dessa terra a me sentir desconectada de mim mesma. A minha mente resolveu plugar na lua. O meu olhar ainda continua fosco, só que, com uma determinação esplendida. O meu riso frouxo engravidou da minha timidez e deu luz as minhas poesias. Talvez, eu não seja a mesma menina que escrevia textos de cinquenta linhas na aula de matemática pra entregar como simbolo do meu amor em forma de cartinha pra algum carinha bacana, (cartas, que nunca foram entregues). A mesma menina pacata que escondia as notas vermelhas dos pais. A mesma menina que gostava dos amores errados. A mesma menina que se apaixonou pelo melhor amigo. A mesma menina com tímpanos viciados em ronqueinrool. Devo ter amadurecido nos ideais mas não amadureci nas ideias. O que prova a minha tese que, "ninguém muda tanto assim". Os textos, ainda escrevo e já ultrapasso cinquenta linhas com muito mais facilidade. As cartas ainda estão na gaveta á espera de um suposto leitor que, ninguém sabe, ninguém viu, mas, está por vir, (querido leitor, estarei no aguardo).
Me transformei nesse projeto meu, menina/mulher, que rasga o tempo pra colar em seus textos.
Essência, acho que todo mundo tem um pouco disso, (eu tenho de sobra). E assim como dez anos atrás, ainda acho que a vida tá fazendo de novo isso. A vida está acontecendo sem mim.

Jeisy Costa

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