quarta-feira, 12 de junho de 2013

E como explicar que de um abraço é possível imaginar tudo?

A cintura dela cabe nas minhas mãos, o peito arfante, ainda coberto, deve ficar lindo pele na pele com o meu. E se esses cabelos me caírem na cara, bingo. A gente tem tudo pra dar certo em todos os aspectos. Gostos são parecidos. Sim, ainda bem que temos diferenças. Entretanto, duvido que na cama a gente não embole as pernas e resolva tudo.

Engraçado porque, quando fui comentar, descobri que ela enxerga um monte de defeitos. Peitos pequenos, olhos fundos, nariz isso, barriga aquilo. Acredito que pra você deixar outra pessoa te aproveitar é preciso que não haja um pudor quanto a si mesmo. Não dá pra querer rolar algo e ficar com vergonha de alguma parte. O que der pra melhorar, tudo bem. Corre-se atrás e dá-se um jeito. Agora, nela? Fala sério.

Pra mim, ela tá perfeita assim.

Aí, falam que é culpa do amor. Quê isso... No meu lugar você iria querer mexer numa obra de arte? Que bunda é essa que ela tem! Gosto de apertá-la, mordê-la e ir provocando conforme vai ficando proibido. E o mais estranho: não rolou nada ainda.

Eu disse no começo do texto.

No abraço que ela me dá, em que sinto as curvas do seu corpo e ela pode sentir o meu, dá pra bem tirar como será. Em pé, na cama, de costas. Por que abraçá-la de costas é tão bom? Dá tanta idéia também. E não culpem os pensamentos. Problema do romântico que enxerga a mulher como um objeto sagrado. Primeiro, mulher está longe de ser um objeto. Segundo que, no seu viés sagrado, toda mulher gosta do homem que sabe pecar.

Ela sabe o que se passa. Pelo jeito que ela me olha, já imaginou tanto quanto eu. E a vontade vai aumentando. Falo nada. Ou deixo pra sussurrar ao pé do ouvido. Uma hora esse abraço vai sugerir mais. O beijo vai pedir mais. O toque vai abaixar calças e levantar blusas.

E quando a hora chegar, que alguém nos segure.
Isso tudo por causa do corpo dela encostado ao meu?

É fogo, amigo, que arde sem se ver e quando chega perto é que se sente.


 Gustavo Lacombe

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