segunda-feira, 3 de junho de 2013

Alguns dizem que sou exigente. Eu discordo. Apenas não me contento com presença, cafuné e testosterona. Preciso daquele feeling que quase ou nunca aparece. O quê mágico que indica que lá vem problema. Aquelas palavras que engasgam, os pensamentos que se perdem, as mãos que se esfriam. Não dá pra prever esse tipo de coisa. Então é tolice enumerar as qualidades de meu futuro e hipotético pretendente. Isso não vai colar. Não é assim que rola, e no fundo a gente sabe que só descobre na hora. Nos filmes que ele adora e você sequer ouviu falar, nas confusões que ele aninha, nos toques casuais que ele faz enquanto conversa. No fim, ele pode ser cult, ter uma ou duas tatuagens, curtir o Chico Buarque e sempre usar uma palavra nova. E ainda sim, nada. Você se esforça para sentir aquele upgrade emocional tão esperado e nem um pelo do seu corpo levanta. Indiferença, um com licença e até mais. Porque não adianta empurrar o coração, ele é um músculo involuntário, tem vida própria e adora tomar as rédeas nessa relação. Confie nele e se não der, ao menos tente. O cérebro intervém quando a situação fica preta.
( Ou pelo menos deveria. ) E se der errado, ainda sim deu certo. Amor é assim mesmo, esse dança das cadeiras, onde rodamos, rodamos, até que a música pare e seja a nossa vez de ocupar um espaço bonito na vida de alguém.

Imeon Prates

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