terça-feira, 8 de abril de 2014

Não vou mentir, eu sei que você precisou seguir seu caminho, mas não posso colocar o meu amor numa caixinha e jogar no fundo do armário. Me perdoa. Não consigo disfarçar. Eu sei que estava tudo bagunçado, sei que nossos caminhos não se encontravam mais como antes. Mas o amor, ah, este ainda é o mesmo. Ainda vibra quando escuta a sua voz, ainda faz o corpo estremecer diante do seu toque. Não adianta. Você vai, mas a vontade de que você volte ainda é grande. Eu me faço de forte para não bancar a maluca e te pedir mais uma chance, mais um tempo pra nós. Nem que seja para a gente sentar no banquinho da praça e ficar ali olhando o céu ganhar o brilho das estrelas. É difícil jogar no ventilador os planos, os sonhos, os tantos projetos que desenhamos. Não posso deletar de uma hora para a outra a história que me fez ser melhor. Você não entende? Eu sei, não tá certo ficar aqui, a gente tem se machucado por insistir demais... Mas o amor não acabou. Não virou pó. Não chegou no passado. Ainda grita. Ainda me habita. Ainda é presente.

Marcely Pieroni Gastaldi


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