terça-feira, 9 de julho de 2013

Julgo-me vazia, inerte de sentimentos bons ou ruins.

 Completamente neutra, me despenco por dias à baixo. Lembro-me como matei as borboletas do meu estômago. E como romeu e julieta se tornaram pessoas burras diante dos meus olhos. E que agora, coroa é apenas de flores, para sepultar o doce que chamam de amor. Queria ser independente do acontecer, queria dominar as pétalas e conta-las antes de jogar o meu bem-me-quer por ai. Queria ressuscitar não só minhas borboletas, mas também a minha vontade de me entregar sem que isso seja uma necessidade, e sim uma conquista. Estou cheia de vazios incólumes, me congelam, me cortam e me velam. Estou em busca da verdadeira arte do verbo sentir, explodir pelos poros, pupilas e pálpebras. Exalar felicidade ao ter e ao pertencer. Ser vazia ou cheia de mim, mas que nunca mais me sinta só, sem dó.
 Juliana Ribeiro

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