domingo, 31 de maio de 2015

Quando ela se vê no meio do sonho, sente as borboletas chegando. Respira, respira novamente. Até alivia entre um suspiro e outro, mas logo vêm todos aqueles sintomas que são típicos da dona ansiedade. E ela já não consegue parar de pensar no que está por vir. Ela gosta, sente, planeja, vive cada segundo. Mas as borboletas já se instalaram, e estão lá no estômago revirando tudo. E resta se acostumar com o alvoroço, com a falta de ar, com a cabeça rodando. Faz parte. Ela sabe. Só precisa aprender a lidar com tantos sentimentos em ebulição. Ela não reclama. Sorri. Mas o aperto precisa ser aliviado, e lá vai ela dar os trezentos suspiros, para encher o peito e seguir direitinho o que Rita, a Apoena, sugere: 'Quando estiver bem levinho, solte as amarras e flutue'.

 Rita Moraes

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