sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O amor teve várias versões..

O amor teve várias versões pra mim. Na adolescência era intenso, movido a tudo e nada. Eu queria o mundo e o amor. E se eu não tivesse um ou o outro, eu queria morrer, porque a vida não teria mais graça e blá blá blá. Aos 20, isso mudou. Eu queria um amor que pegasse na minha mão enquanto estivéssemos no cinema e que me fizesse juras de amor como nos livros que eu havia lido, além de ser "eterno", claro!

Aos 25, pensava que o amor não seria tão bom assim e que isso era cois...a de cinema, coisa de livros, porque afinal, nunca tinha dado certo e os amores errados já estavam lá na estante e enfim... mas, no fundo, bem no fundo, um dia eu o encontraria. A esperança é uma das minhas maiores qualidades e sempre esteve ao meu lado. Isso nunca mudou. Aos 29, parei de pensar sobre o amor, apenas, escrevia. Escrevia tanto sobre ele, fantasiava-o tanto, e imaginava que quando o encontrasse, estaria pronta. Pronta pra quê mesmo? Pois é. Mas, todo mundo é marinheiro de primeira viagem no amor. Escrever pra mim era fuga.

Todas as versões conquistadas vieram à tona. Não tinha encontrado um caminho. Não há caminhos pro amor, por mais que eu pensasse que agora, eu estaria pronta pra ele e ele pronto pra mim! No fundo, isso não passava de controle. Até em fantasia, eu controlava o amor. Eu desejava segurá-lo em minhas mãos, muitas vezes, literalmente...

Mas, me deixei levar e aí, conheci o meu lado mais bonito, mas também,conheci o meu lado mais sombrio. Aprendi que eu poderia amar sem esforços e ser amada sem esforços, porque amor e força nunca combinaram. Aprendi que eu posso enlouquecer as vezes sem saber o que fazer e tudo bem. Posso me dar o direito de fazer isso. Aprendi que eu posso ser feliz, mesmo na loucura. Aprendi que o amor nunca foi uma teoria (como tantas vezes eu teorizei a respeito) e com várias versões por mim feita ao longo de meus 30 anos. Aprendi que o amor chega e que não vai dar tempo de arrumar a casa, juntas os cacos, ajeitar o coração, mas que se a vontade imperar, se o coração se abrir, ele pode devolver o lado mais bonito. E ele devolveu ainda que com dor. Não dá pra devolver algo que a gente nem sabia que tinha (e o que não tinha),sem dor...

E é por isso que eu não me canso de repetir que aqui dentro tem um lugar no meu coração que você pode chamar de seu.

Eu que amava o chão (porque ele era fonte se segurança e amparo) de repente, tão de repente, me vi querendo voar e voar e rodar e de novo e de novo e de novo, sem pensar nas quedas e dane-se se houverem quedas.

Porque eu sei, eu sinto, que será a melhor queda da minha vida!


 Simony Thomazini

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