sexta-feira, 6 de junho de 2014

Então a vida te dá aquele tapa..

Então a vida te dá aquele tapa na cara estalado, te sacode, esfrega a verdade na sua cara, e aí finalmente você acredita depois de arranhões, topadas e infinitas feridas que aquilo que era doce, amargou. Mas amargou só para você, que é tonta demais para desacreditar de seus sonhos amorosos açucarados.
Aí você se entope de coxinha, sorvete, bala 7Belo, enche a cara de vinho de mercado, fica dois dias sem pentear o cabelo, quatro dias ouvindo Someone Like You trinta vezes, tranca o quarto em pleno calor de quarenta graus, e tenta se focar naquela prova de Cálculo III, mas já era: a essa altura sua concentração já foi pro beleléu.
Você se fecha, se frustra, se fode inteira, começa a xingar as merdas que cometeu, faz uns planos meio malucos que você sabe lá no fundo que são desconexos demais para a tua realidade, pensa em cortar o cabelo, passar um batom vermelho "te quero", a fazer uma tatuagem na virilha só para tirar foto e colocar na rede social, provocando o indivíduo ainda mais.
Então você vê que não deu resultado e que a babaca da história foi você. Que nesse tempo todo de energia desperdiçada com futilidades em neon, poderia ter recolhido os cacos e parado para pensar no que podia ser feito de diferente na próxima. E lamenta ter sido tão diferente do que é, conseguindo apenas aqueles beijos cafajestes e babados, um fígado pedindo arrego e umas camas geladas de motel, nada além disso.
Meu bem, num mundo com em média sete bilhões de habitantes, ele não é a única opção. Ele é apenas o "fim de festa", a saideira, nada além disso. E se você se estrepar por causa dele, tudo bem, mas não espere uma recompensa cósmica por causa disso. Ele vai te fuder, mais cedo ou mais tarde (e não falo no sentido sexual).
Não jogue o amor na lata do lixo das péssimas escolhas. Se é para escancarar o coração, que o faça para quem esteja disposto a entrar nele e não apenas abrir as calças.

Aryane silva


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